A inovação tem sido uma estratégia essencial para a sobrevivência de muitas empresas. Segundo estudo realizado pela consultoria Imaginatik, para identificar os maiores obstáculos dos processos de inovação, 95% dos entrevistados acreditam que inovar é uma postura que deveria figurar entre as principais prioridades dos executivos de uma organização, porém, 44% relataram que suas empresas investiram menos de 2% dos seus orçamentos em inovação e 63% delas não possuem uma estrutura formal de gestão da inovação (cio.com, 2016).
Nesta mesma pesquisa, foi identificado que algumas das maiores ameaças que as empresas precisam superar para a inovação são: os processos burocráticos e a baixa taxa de adoção dos projetos, pois muitas vezes não há sinergia, práticas escaláveis em todo o ciclo da inovação.
Inovação associada à incerteza
Além disso, é importante destacar que o fato de a inovação estar associada à incerteza sobre seus resultados gera uma certa dificuldade no seu gerenciamento, uma vez que não se sabe se um trabalho de P&D realmente gerará um produto comercializável ou se o tempo e os recursos são necessários para implementar um processo completamente novo, sendo assim, aplicar a metodologia de gerenciamento de projetos tradicional, que costuma trabalhar um escopo fixo, pode acarretar problemas no decorrer dos projetos.
Neste cenário, é necessário que Instituições de Ciência e Tecnologia – ICTs e empresas provedoras de inovação utilizem metodologias que promovam flexibilidade frente às incertezas e às inelutáveis mudanças inerentes aos projetos de inovação. É aí que as startups têm contribuído significativamente com grandes empresas e ICTs.
Trabalhar com os métodos ágeis é extremante valioso, tendo em vista que proporciona maior alinhamento entre a equipe e os clientes; rápida resolução de possíveis problemas e conflitos; redução de riscos e resultado final de alta qualidade; economia de recursos, por meio de entregas mais assertivas; agilidade e eficiência nas entregas e na execução do projeto como um todo; e flexibilidade para propor alternativas e chegar à melhor solução possível. Abaixo, alguns exemplos de metodologias ágeis:
Scrum
Nesta metodologia, é necessária a ampla compreensão sobre a equipe, com papéis bem definidos para cada um dos envolvidos. O gestor cria uma lista por ordem de prioridade, o chamado backlog. Assim, as tarefas são distribuídas entre o Scrum Team e se iniciam os Sprints (intervalos de tempo de desenvolvimento). Ao final de cada Sprint, são feitas revisões, ajustes de atividades e validação.
Lean
Mais conhecido como enxuto. No universo das Startups e do empreendedorismo, é muito conhecido e aplicado. Um dos focos do Lean é a identificação e eliminação eficiente de desperdícios dentro de uma organização ou durante a execução de um projeto. A estratégia é a diminuição de custos e complexidade de tarefas, além de melhoria das entregas, aumento da produtividade e compartilhamento de informações.
Kanban
É um dos métodos mais utilizados e simples. Demanda que toda a equipe esteja engajada, para que ele possa funcionar com êxito. É basicamente um quadro físico ou virtual, divido em três colunas, que deverá conter: to do (fazer), doing (fazendo) e done (feito). Assim, será possível o acompanhamento das tarefas que estão sendo realizadas bem como seu avanço em cada coluna.
Smart
É uma forma de criar objetivos mais reais e atingíveis para sua empresa. Cada letra tem um significado: S – de Specific, M – de Measurable, A – de Attainable, R – de Relevant, T – de Time-related.
Importante ressaltar que a inovação não se limita às metodologias aqui apresentadas, existem outras igualmente ágeis e eficientes. Atualmente o SENAI conta com o Laboratório de Projetos, que realiza o gerenciamento de projetos de inovação e presta consultorias para empresas e indústrias que buscam encontrar formas de deixar seus processos mais simples e eficientes para alcançar o sucesso.