O ano de 2020 inicia-se com um grande desafio para a humanidade, a pandemia do novo coronavírus. Trata-se de um vírus extremamente contagioso e que causa a mortalidade de uma taxa representativa dos infectados.
Assim como em outras ocasiões semelhantes, a ciência corre à procura de respostas e soluções. Nesse desafio, estão engajadas centenas de equipes espalhadas em todos os continentes, buscando soluções para o problema atual. Ciência e tecnologia unem esforços para amenizar não só os prejuízos econômicos, como também o sofrimento pelo qual a humanidade atravessa como um todo.
É importante então ressaltar que podemos contar com um grande advento tecnológico, a Indústria 4.0, que surgiu na Alemanha em meados de 2009 e segue como tendência para a indústria em geral no século XXI. Tecnologias como Impressão 3D, Big Data, processamento em nuvem e Inteligência Artificial são exemplos de ferramentas que podem ser aplicadas para lidar com a situação em que se encontra a saúde mundial.
Taiwan foi exemplo na contenção da propagação da epidemia, utilizando Big Data para prever possíveis contaminações. O COVID-19 teve seus primeiros casos relatados pouco antes do Ano Novo Lunar, período em que que milhões de chineses e taiwaneses viajam para aproveitar o feriado. Taiwan integrou o banco de dados nacional do seguro de saúde ao banco de dados de imigração e alfândega para criar um Big Data. A sua função era realizar análises e lançar alertas em tempo real para ajudar na identificação e classificação dos riscos de contaminação dos viajantes baseado em informações como a origem e o histórico de viagens dos últimos 14 dias (período de incubação do novo coronavírus). Em consultas clínicas foi possível analisar com mais agilidade casos de alto, médio e baixo risco de contaminação, tornando mais assertiva a tomada de decisões.
A impressão 3D, por exemplo, torna possível a fabricação de peças para respiradores em escassez no estoque, além de determinados componentes mecânicos fundamentais para o funcionamento desses respiradores. Dessa forma, podem ajudar a suprir as necessidades enquanto se tomam providências para a reposição de estoque, salvando vidas que teriam que aguardar a chegada dessas peças para a continuação do tratamento, o que poderia não acontecer.
Por meio do Instituto SENAI de Eletrometalmecânica (ISTEMM), o SENAI Ceará conta com algumas das ferramentas da Indústria 4.0, podendo contribuir a favor da sociedade com mão de obra qualificada e equipamentos de 1º mundo, como impressão 3D, Inteligência Artificial e Big Data. A instituição tem demonstrado engajamento nas ações para tratamento do novo coronavírus no Estado do Ceará, inclusive desenvolvendo o protótipo de um dispositivo capaz de dobrar a capacidade de um respirador, equipamento que será muito necessário quando a situação de contaminações se tornar crítica.
O SENAI Ceará trabalha também no desenvolvimento de um molde para a fabricação de suportes para protetores faciais utilizados pelos profissionais da saúde. Localizado no Distrito Industrial de Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza, contribui com essas ações para eventuais demandas emergenciais, participando ativamente da linha de frente de combate à COVID-19.